A Câmara de Pinhel vai avançar com uma providência cautelar para parar o processo de prospeção de lítio no concelho de Pinhel. A decisão foi tomada esta quinta-feira, em reunião de Câmara.
Para além da providência cautelar, Rui Ventura, autarca local, anunciou a intenção de mandar fazer um estudo de impacto ambiental da eventual prospeção e exploração de lítio no concelho e na região, uma vez que, vai reunir com os autarcas dos concelhos vizinhos que também integram a área de prospeção do Massueime, Trancoso, Mêda e Almeida, e a quem vai propor a elaboração deste estudo, para que juntos tomem medidas para impedir este processo de avançar.
Um processo que segundo o presidente de câmara de Pinhel “não é sério”, e que vai por em causa o futuro do concelho, por isso Rui Ventura garante que não vai baixar os braços. “Pode ser a última coisa que faça enquanto presidente de câmara, mas a verdade é que vou estar atento e mesmo que não sejamos ouvidos, estarei na primeira linha quando uma máquina entrar no concelho de Pinhel a fazer o que quer que seja, estarei os dias que forem necessários, juntamente com todos os que me quiserem acompanhar, a impedir que este processo avance, porque este será o fim do concelho de Pinhel”, disse esta quinta-feira o autarca pinhelense à Elmo.
Depois da reclamação a autarquia foram retirados do plano de prospeção cerca de 60 km2, que segundo a autarquia correspondem à Reserva da Faia Brava. O mapa de prospeção não tem em conta os aglomerados populacionais, nem os terrenos agrícolas, daí a maior preocupação da autarquia liderada por Rui Ventura.
A Direção-Geral de Energia e Geologia deu luz verde ao procedimento concursal para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio, nos próximos cinco anos, em 6 das oito áreas inicialmente previstas. Apesar do parecer positivo, muitas são as entidades que contestam o avanço do processo, como é o caso da Câmara de Pinhel.