A Câmara de Pinhel entregou, esta segunda-feira, no Centro de Saúde de Pinhel dez ventoinhas. Esta iniciativa da autarquia surge na sequência de queixas de falta de condições para trabalhar no Centro de Saúde da Cidade Falcão. Importa lembrar que no fim do mês de julho populares, autarcas e funcionários reclamaram por condições dignas, dizendo que “no verão há muito calor e no inverno sentem muito frio”.
À rádio, esta manhã, Rui Ventura, lembrou que “a autarquia não tem competência para intervir no edifício” e criticou a inação da ULS da Guarda, que diz ser conhecedora da situação há cerca de 10 anos.
“Há uma irresponsabilidade da administração da ULS que anda há mais de dez anos a dizer à Câmara Municipal que vai resolver o problema. A conversa é sempre a mesma. É inadmissível que passem dez anos e não façam nada. E, eu não aceito, enquanto presidente da câmara municipal, que as pessoas do concelho de Pinhel, que os profissionais de saúde de Pinhel tenham as condições que aqui têm”.
O autarca, na mesma declaração, desafiou o presidente do concelho de administração da ULSG, João Barranca, a deixar o cargo. “O senhor presidente da ULS se não tem competência que saia. Dê lugar a outros que resolvam o problema”.
Sobre os equipamentos entregues, Rui Ventura tem consciência que “as ventoinhas não resolvem o problema, mas ajudam a minimiza-lo” e deixou a garantia de que não vai deixar o assunto cair no esquecimento. “Não nos iremos calar sobre isto. As pessoas têm direito a estar no seu local de trabalho com dignidade.”
Mas os problemas do Centro de Saúde de Pinhel ultrapassam a falta de climatização. Rui Ventura denunciou também a falta de pessoal administrativo. “Reformaram-se pessoas do serviço administrativo e, inclusive, já houve dias em que houve o encerramento de serviços por falta de administrativos. No concurso que decorreu a ULS integrou pessoal nesta área e não os alocou a Pinhel. Nós temos que questionar isto”.
O edil pinhelense não poupou nas críticas à administração liderada por João Barranca. “Não vale a pena responderem com comunicados, que no fim das contas não dá rigorosamente nada, como da última vez. Nós não queremos palavreado. Queremos é ações e resolver o problema das pessoas”.
Mas as críticas não foram apenas para a ULSG. Ana Paula Martins, Ministra da Saúde também teve direito a recado. “A senhora ministra da saúde já está no cargo há algum tempo. Já teve tempo suficiente para resolver o problema da (gestão da) ULSG, para que depois se possam resolver os restantes problemas quer da ULS quer do centro de saúde de Pinhel.
Procuramos obter esclarecimentos junto da ULSG, mas até ao momento ainda não obtivemos resposta.