Em carta enviada à ministra da saúde, e à ULS Guarda, o Município de Pinhel contesta falta de vagas para médicos de família na ULS Guarda e alerta para a situação do Centro de Saúde de Pinhel, que neste momento já tem em falta dois médicos, o que corresponde a 2373 utentes sem médico de família. No próximo ano mais três médicos deixam de poder continuar a exercer porque atingem os 70 anos. Rui Ventura, autarca local, diz que “cerca de 60 % da população do concelho vai ficar sem médico de família, se não se fizer nada”, o que é “uma tragédia”, diz o autarca.
Segundo o edil, “estão a alertar para o problema, para depois não terem que correr atrás do problema”.
O autarca pinhelense crítica a forma como são abertos os concursos para novos médicos, e afirma que é preciso que haja uma mudança de políticas.
“Enquanto abrirem vagas para médicos no litoral, eles não vêm para o interior. Este é um problema dos sucessivos governos. Enquanto não houver um comportamento correto para com o interior não vamos lá!”
No mesmo dia em que a Câmara de Pinhel se queixa da falta de médicos de família, a ULS Guarda anunciou que vai contratar 15 profissionais, sendo que 6 são para a especialidade de medicina geral e familiar.
João Barranca, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde, fez este anúncio em conferência de imprensa, mas não falou do número de vagas que o ministério abriu para a ULS. No entanto, no início desta semana, em comunicado às redações, mostrou-se “surpreendido com o número de vagas atribuídas”.
Segundo Rui Ventura, João Barranca já respondeu à missiva mostrando-se preocupado, e garantiu a abertura de vagas para o centro de saúde de Pinhel.