De olhos postos do futuro, e porque a partir de 2024 as regras de recolha de resíduos vão mudar, o Município de Pinhel está a estudar a melhor forma de implementar no concelho o sistema de recolha de Biorresíduos. O objectivo? Para além de cumprir a lei, diminuir a quantidade de lixo indiferenciado e assim poupar.
Este estudo foi feito pelo IPG, a pedido da Associação de Municípios da Cova da Beira, e aponta caminhos a seguir, nesta matéria, pelos municípios que integram esta associação intermunicipal. Irene Fonseca, vereadora do ambiente da Câmara de Pinhel, afirma que “ainda não se sabe de que forma vamos implementar este sistema de recolha, porque estamos ainda numa fase inicial do processo”, e que já conta com algum atraso, segundo a vereadora.
A partir de 2024 passa a ser obrigatório separar os Biorresíduos do lixo indiferenciado, e a partir de 2030 deixa de ser permitida a entrada em aterro de material que possa ser valorizável e reciclável, como é o caso dos resíduos orgânicos. Por isso, a autarquia tem pela frente um processo de “sensibilização da população para a necessidade de começar a separar este tipo de lixo”.
A elaboração do estudo decorre da aprovação, em 30 de maio de 2018, da Diretiva (UE) 2018/851 do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Diretiva 2008/98/CE relativa aos resíduos, que veio estabelecer a obrigatoriedade de os Estados Membros assegurarem, até 31 de dezembro de 2023, que os biorresíduos são separados e reciclados na origem ou recolhidos seletivamente, a fim de evitar o tratamento de resíduos que relega os recursos para os níveis mais baixos da hierarquia de gestão dos resíduos, por exemplo aterro, e permitir uma reciclagem de elevada qualidade e de impulsionar a utilização de matéria -prima secundária de qualidade.
