A Assembleia Municipal de Pinhel aprovou por unanimidade uma moção que pretende ser um alerta para o estado da Saúde em Portugal e, em particular, no concelho de Pinhel, onde é dito que “o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde se encontra fragilizado e em sérios riscos de comprometimento”.
A moção foi apresentada pela bancada do PSD, mas foi subscrita por todos os elementos da assembleia municipal. O documento, que denuncia a falta de enfermeiros no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) onde deveriam estar colocados 6 profissionais, de momento apenas tem 2, aponta para a necessidade de “reorganizar o sistema de saúde” e para o “aperfeiçoamento do novo modelo de financiamento dos cuidados de saúde primários”.
Perante a situação, a Assembleia Municipal, que é presidida por Ângela Guerra, aprovou a moção onde manifesta “a sua posição de frontal recusa de todo este processo de encerramento e ‘esvaziamento’ dos Serviços de Atendimento Permanente, que considera ter como única finalidade a destruição do Serviço Nacional de Saúde por razões ideológicas e opção política”.
O órgão autárquico também exige “a sua participação em todos os processos, ou decisões que digam respeito à organização e funcionamento dos serviços de saúde que servem a população do concelho de Pinhel” e mostra-se disponível para “organizar e/ou participar em ações de protesto, ou outras que sejam consideradas adequadas à defesa dos interesses dos cidadãos, nomeadamente, o pedido de audiência urgente ao ministro da Saúde, caso se venha a revelar de interesse”.
A Assembleia Municipal apela, ainda, aos utentes, aos profissionais de saúde, às suas estruturas representativas e à população em geral, “para que intensifiquem a luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde, contra o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde de Pinhel”.